LANÇAMENTO DE LIVROS

Publicada em 15/07/2021

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ORGANIZAÇÕES DE REPRESENTAÇÃO DA ECONOMIA INFORMAL NOS PALOP - sinopse

Este livro é um dos produtos de um projecto de investigação, desenhado e coordenado por Carlos M. Lopes, que assumiu também a responsabilidade pela produção dos textos sobre Angola.

Participaram também do projecto, Ana Benard da Costa e Andes Chivangue, que são autores dos textos sobre Moçambique, Sónia Pieppolli, autora do texto sobre Cabo Verde, Alfredo Handem e Magdalena Bialoborska, responsáveis pelos textos sobre a Guiné-Bissau, e Cristina Rodrigues, que escreveu sobre S.Tomé e Principe, em parceria com a já referida Magdalena Bialborska, que assina um outro texto sobre este país insular. O livro inclui ainda um texto de reflexaó teórica elaborado por Ilda Lindell, consultora do projecto.

Este projecto teve como objectivo identificar e caracterizar os processos de organização e de representação dos operadores da economia informal urbana em curso nos PALOP, bem como contribuir para uma perspectiva crítica sobre as suas potencialidades e fragilidades, no quadro mais geral de mudança que o impacto e os efeitos da globalização e da crise económica e financeira têm produzido sobre as relações de trabalho.

A perspectiva de análise proposta valorizou a comparação entre os PALOP, Estados que, embora inseridos em diferentes áreas geográficas, têm em comum trajectórias políticas e económicas similares de que resultaram aspectos comuns, mas, também, diferenciados na evolução das respectivas economias informais (extensão, características e especificidades).

O projecto integrou investigadores de diferentes áreas de formação, com uma vasta experiência de trabalho de terreno em África e em particular nos PALOP, bem como consultores familiarizados com os eixos temáticos que o projecto pretendeu tratar.

A formação de futuros investigadores, através da integração de bolseiros e o potencial de exploração de sinergias de mobilização de redes e de estabelecimento de futuras parcerias, que resultaram da integração de consultores de alguns dos países africanos e da composição multi-institucional da equipa de investigação (quatro instituições diferentes), foram também elementos valorativos dos resultados obtidos pelo projecto.

O trabalho que ora se apresenta é um dos resultados da investigação realizada entre 2011 e 2014 no quadro do projecto Organização e Representação na Economia Informal nos PALOP: experiências e perspectivas (PTDC/AFR/113992/2009).

A organização do livro contempla um texto de reflexão conceptual, estruturado com base em parte da produção realizada pelos investigadores da equipa e assinado por uma das consultoras do projecto, Ilda Lindell, uma investigadora com um sólida e vasta produção sobre a temática.

Inclui ainda uma análise comparativa, efectuada a partir dos elementos informativos da base de dados que foi possível construir, completa a publicação.

O ABANDONO DO TRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES EM ANGOLA: CAUSAS E IMPACTO NO DESEMPENHO DAS ORGANIZAÇÕES - sinopse

O presente relatório é o resultado de um projecto de pesquisa que teve como finalidade principal compreender as causas e apurar as consequências do abandono de trabalho na vida das organizações empresariais em Angola.

O projecto foi desenhado por Carlos M. Lopes, que também o coordenou, em parceria com José Octávio Van Dúnem. Desenvolvido por equipa de investigadores multi-disciplinar, do ISPTEC (Josué Chilundulo, Além Panzo, Bebiana Pinheiro, Márcia Francisco) e do CEJES-UAN, o trabalho de terreno enfrentou variadas dificuldades, as quais estão exaustivamente retratadas no sub-tópico relativo às limitações da pesquisa (nomeadamente, o desinteresse quase generalizado de muitas organizações na abordagem desta temática, não obstante o reconhecimento quase consensual de que se trata de um fenómeno com extensão significativa no universo empresarial angolano).

Entre as principais causas do abandono de trabalho apuradas, encontraram-se motivações relacionadas com as condições de trabalho e perspectivas de carreira, a falta de compromisso e de cultura de trabalho, obrigações familiares e socio-culturais, bem como o desconhecimento da lei e dos deveres dos trabalhadores.

Quanto ao perfil de quem abandona o trabalho, trata-se, sobretudo, de pessoal ligado às carreiras auxiliares e técnica, e com um tempo de trabalho não muito longo nas organizações, independentemente da natureza determinada ou indeterminada do vínculo laboral. No que se refere às consequências do abandono de trabalho, foram, sobretudo, destacadas as dificuldades colocadas à gestão de recursos humanos das empresas: a perda de quadros qualificados e a redução dos padrões de qualidade e desempenho.

Desta abordagem preliminar, resultou a necessidade de aprofundar o conhecimento do fenómeno, de o perspectivar noutras vertentes e noutras áreas geográficas.

Subsidiariamente, sugere-se o interesse de avançar para um estudo que permita compreender melhor o porquê da tão contínua e expressiva falta de receptividade dos interlocutores institucionais e empresariais em disponibilizarem informação para projectos de investigação.

Luanda, 09 de Julho de 2021.

Assessoria de Comunicação e Imagem - ACI